sábado, 19 de julho de 2008

de saída do Sri Lanka

… no aeroporto a caminho de Díli…
Já passei por Bali e ficou tanta coisa para dizer do Sri Lanka.
Vou tentar acabar esse capítulo antes de me dedicar à parte tão maravilhosamente familiar: Bali e Timor.

Há uma coisa acerca do Sri Lanka que me perturbou imenso: há uma claríssima discriminação em relação aos estrangeiros. Em todo o lado, salvo raras excepções, hotéis, restaurantes, museus e afins têm um preço para locais e outro para os de fora. O mais chocante é a diferença de preço que chega a ser cerca 70 vezes mais caro para os estrangeiros. E não se trata de mera exploração do comerciante, é uma lei nacional.

Outra coisa que muito me impressionou, desta vez pela positiva, foi a vegetação. Mais do que em Bali, aqui a vegetação é absolutamente luxuriante e pela primeira vez vi o que é a densidade da selva, que conhecemos dos documentários da national geographic. O verde é tão impressionante que o Sri Lanka é conhecido como a ilha esmeralda.

O maior problema do Sri Lanka, confesso agora que já saí, é a guerra. Ao contrário do que eu (e outras pessoas) pensava, não se tratam apenas de uns incidentes entre guerrilha e forças governamentais, o país está em guerra e como tal fortemente armado. A presença militar nas ruas, sobretudo em Colombo, é impressionante. Em todo o lado há soldados armados, check points, muitas ruas estão preparadas com gradeamentos móveis para serem fechadas a qualquer momento, à entrada dos centros comerciais e templos as pessoas são revistadas e verificadas com detectores de metais. A ONU proíbe os seus funcionários de andarem em transportes públicos e à noite não há rigorosamente ninguém nas ruas.
Confesso que quando o avião levantou voo senti-me aliviada e que quando cheguei a Bali, para além de tudo o que é bom, apreciei o facto de ser um lugar em paz.

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